Acionado o alarme designando a respectiva guarnição para uma ocorrência, deve-se atentar para a agilidade e rapidez em tripular a viatur...

Acionado o alarme designando a respectiva guarnição para uma ocorrência, deve-se atentar para a agilidade e rapidez em tripular a viatura e condução ao local, pois isso pode fazer uma diferença muito grande no sucesso da resolução de um sinistro e, no caso do bombeiro em função de comando, uma análise e decisão mais precisas para o planejamento e execução de seu plano de ação.
Rapidez não deve ser confundida com imprudência, pois o motorista da viatura deve ser orientado e fiscalizado no sentido do cumprimento dos princípios de condução do veículo* e chegada ao local o mais rápido possível dentro das normas de segurança e assim prevenir danos materiais e humanos seja da guarnição como de outrem, ou seja, ao invés de resolver, criar mais problemas.
É muito importantes que a primeira guarnição a chegar no local comunique ao COBOM sobre a constatação da ocorrência e informes preliminares, a fim que seja verificado sobre a necessidade de apoio e, no caso de trem de socorro composto por várias viaturas, os bombeiros em função de comando que estejam a caminho, possam mentalizar os respectivos planos de ação e os POP a serem executados, facilitando o planejamento e organização do teatro de operações pelo de maior grau hierárquico ou mais antigo, caso este, é claro, não seja o primeiro a chegar.
O processo de avaliação de uma ocorrência começa bem antes que seja gerada. A informação coletada no processo de planejamento pré-emergência pode ser uma parte extremamente importante do processo de avaliação. Estas informações são coletadas no período em que não há preocupações em se apressar e os dados podem ser cuidadosamente revisados e analisados. Quando as decisões são tomadas levando se em consideração os recursos que serão necessários para se atenuar ou extinguir certas emergências hipotéticas, em localidades específicas, estas decisões podem e devem ser transferidas para os simulados, conforme, por exemplo, o PPI*. Feito isto, o número de decisões que o comandante de uma operação deverá tomar, durante um evento emergencial ou local inspecionados, diminuirá.
Considerando que o planejamento anterior foi desenvolvido, o processo de avaliação, ainda assim, começa antes de disparado um alarme. A cada dia que o Bombeiro sai de casa para trabalhar, deve começar a fazer uma avaliação geral da situação. Eles devem estar atentos às previsões do tempo e conversar entre si sobre como e o com que extensão as condições do clima poderão afetar o atendimento de uma emergência para a qual forem chamados.
O tempo resposta será maior devido a chuva, fazendo com que as pistas fiquem escorregadias e perigosas? Serão necessários desvios devido a construções ou outros fatores como desfiles, demonstrações, shows, etc.? As equipes de ventilação estarão em risco adicional devido aos telhados molhados? As incidências de ventos combinadas com a alta temperatura e baixa umidade aumentam a probabilidade de ocorrência de fogo em mato? Condições climáticas adversas afetam o resgate e as vítimas feridas? Há condições extremas de temperatura que podem tornar este trabalho dos bombeiros mais dificultoso e talvez mais perigoso? No caso de salvamento marítimo, quais as condições do mar? O comandante de uma operação deve ter cuidado acerca dos possíveis efeitos do clima e outros fatores sobre a habilidade de seus homens em trabalhar de forma efetiva e segura.
E, quando um alarme soar, o processo de avaliação deve continuar durante o atendimento. Os bombeiros, em função de comando, devem considerar a hora do dia e atendimento do chamado. É durante o período matutino que as condições favoráveis a ocorrência de um incêndio se tornam mais extremas? Ou seja é pelo final da tarde ou à noite que as condições favoráveis a um sinistro são mais moderadas? É horário de aula em uma escola em dia de semana? Como o mês, o dia da semana e o período do dia podem afetar o congestionamento na rota das guarnições a caminho de um atendimento? Como o acidente foi afetado? Há correnteza no local? Qual o melhor caminho para reboque de vítimas? Os bombeiros em função de comando devem continuar a avaliar cada variável enquanto respondem a um chamado e se encaminham ao local da ocorrência.
Adicionalmente, devem contar com qualquer outro dado que possa auxiliar antes de chegar ao local da emergência. Por exemplo, eles podem observar as formações de nuvens e estarem aptos a antecipar os possíveis efeitos do clima sobre o comportamento do fogo. Eles podem observar a coloração, pressão e movimento da fumaça produzida por aquele incêndio. Estas informações associadas ao conhecimento sobre o comportamento do fogo e da edificação ou área em que o incêndio está ocorrendo, podem ajudar a avaliação dos recursos necessários. Devem, também, avaliar qualquer informação adicional vinda do COBOM, via rádio, enquanto respondem ao chamado.
FONTE DE REFERÊNCIA
MANUAL DE FUNDAMENTOS (MANUAL DE PRINCÍPIOS DE COMANDO EM OPERAÇÕES DE BOMBEIROS)








