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Fontes de Estresse

Algumas vezes um evento terrível pode causar uma sobrecarga e estresse na atividade operacional. Um veículo derrapa em uma rodovia e cho...

Algumas vezes um evento terrível pode causar uma sobrecarga e estresse na atividade operacional. Um veículo derrapa em uma rodovia e choca-se violentamente com um viaduto de concreto. O socorrista encontra o motorista e suas duas crianças mortas. Quando o Corpo de Bombeiros entra em uma casa incendiada, uma parede desaba, matando um bombeiro. Em um início de noite com chuva, um avião derrapa na pista de decolagem do aeroporto e explode em chamas. O número de pessoas feridas seriamente deixa temporariamente sem ação os bombeiros e a equipe de Resgate.

Cada um desses acidentes é um cenário para o chamado estresse por acidente crítico. No momento do acidente ou após, o socorrista pode se ver reagindo de forma inesperada. Um pode sentir náusea e dor no peito, outro pode tornar-se cansado e ter dificuldade para tomar decisões. Estes sinais de estresse agudo são muitos e variados. Aqueles que sofrem de estresse por acidente crítico não são neuróticos, nem anormais. Pesquisas mostram que 85% dos profissionais na área de emergência tem experimentado algum tipo de reação temporária ao estresse. Nas palavras de um especialista em estresse, eles são pessoas normais, tendo reações normais em uma situação anormal. 

Sinais de Estresse Agudo

- Perturbações estomacais.
- Aumento dos batimentos cardíacos.
- Pressão sanguínea elevada.
- Dor no peito.
- Sudorese nas palmas das mãos.
- Problemas de concentração.
- Cansaço.
- Fadiga.
- Problemas para tomada de decisão.
- Diminuição do controle emocional

Muitos socorristas superam as reações do estresse agudo em poucas semanas, especialmente com a ajuda dos métodos descritos a seguir.  Mas nesse ínterim, podem se tornar inquietos. Assim, o socorrista sente que a família e amigos não podem entender o que eles estão passando. O desempenho no trabalho é influenciado, pois eles perdem a concentração e energia necessários ao socorrista. Um pequeno percentual de socorristas não voltam ao normal após um evento traumático. 

Eles desenvolvem uma desordem decorrente de estresse pós traumática, uma condição séria, e devem procurar ajuda profissional. As técnicas para a redução de estresse, apresentadas a seguir, pretendem prevenir o desenvolvimento das desordens causadas pelo stress.

Burnout

Nem todo problema de estresse é motivado por um único incidente traumático. Alguns socorristas passam por “burnout”, uma reação decorrente de estresse cumulativo. Por causa da demanda de seus trabalhos, os socorristas têm um risco especial para “burnout”. Os sinais incluem a perda de entusiasmo e energia, evoluindo para sentimentos de frustração, desesperança, isolamento, inércia e desconfiança. Muitos fatores contribuem para o “burnout”.

O conceito de Burnout surgiu nos Estados Unidos em meados dos anos 70, para dar explicação ao processo de deterioração nos cuidados e atenção profissional nos trabalhadores de organizações. Ao longo dos anos esta síndrome de “queimar-se” tem se estabelecido como uma resposta ao estresse crônico integrado, por atitudes e sentimentos negativos. 

Eles incluem o testemunho de doença e morte, o enfrentamento da hostilidade pública, obstáculos burocráticos, baixos salários e tolerância às más condições de trabalho. Mesmo o turno de trabalho pode contribuir para o “burnout”. Quebras do ciclo normal do sono e interrupção na vida familiar, podem causar estresse. Trabalhar em turno variado usualmente significa substituir refeições por café e biscoitos. Turnos longos levam ao afastamento familiar e cansaço físico. Uma dieta e estilo de vida saudáveis podem ajudar o socorrista a combater os estressores que são uma parte de seus trabalhos. 

Um estressor é qualquer fator que causa desgaste no corpo físico ou recursos mentais levando ao estresse. Tanto estresse a curto prazo, e, como a longo prazo são riscos ocupacionais para os socorristas. Felizmente, pesquisas nos últimos 15 anos têm encontrado maneiras para reduzir o estresse.
 

Reduzindo o Estresse

Estresse pode afetar tanto a vida pessoal como o desempenho no trabalho do Socorrista. Reduzir estresse envolve a esfera pessoal e profissional.
 

Mudanças no Estilo de Vida

Uma vez que o socorrista reconhece que seu trabalho é estressante, ele pode tomar medidas para enfrentar com sucesso aquela realidade. Uma etapa é tentar criar um estilo de vida saudável. Reduzir o consumo de açúcar, cafeína e álcool pode abaixar a pressão sanguínea. Evitar alimentos gordurosos pode reduzir a taxa de colesterol, e também diminuir a pressão arterial.

A realização de exercícios regulares também ajuda reduzir o peso e baixar a pressão arterial. Além disso, exercícios aeróbicos estimulam a endorfina, um tranquilizante natural que reduz o estresse.

Outros métodos podem ser testados para aliviar o estresse, como a meditação, yoga e relaxamento muscular progressivo, que podem ser efetivos. Abordagens para o auto-controle respiratório também podem ajudar para o relaxamento individual.

Redução do Estresse e Trabalho

Desde a década passada, muitos empregadores têm se preocupado em ajudar na redução de estresse de seus funcionários. Empregadores conscientes incluem questões básicas como mudanças de turno por tempo suficiente para o pessoal se adaptar, ter uma pausa no trabalho e tempo para relaxar com sua família e amigos. A antiga atitude que policiais, bombeiros e outros profissionais de emergência tinham de enrijecer-se com seus problemas, tem mudado e as novas diretrizes reconhecem que o desempenho diário e a longo prazo dos Socorristas depende do gerenciamento dos problemas relacionados ao estresse. 

Gerenciando o Estresse

Todas as técnicas descritas acima podem ajudar na redução de estresse relacionado ao trabalho dos socorristas. Talvez a mensagem mais importante deste apêndice, entretanto, é que o socorrista deve aplicar em si próprio e ficar alerta e preocupado para usar a ajudar os outros. Se você observar sinais de estresse em si próprio ou em um companheiro, faça alguma coisa.


FONTE DE REFERÊNCIA
MANUAL DE SEGURANÇA NO SERVIÇO DE BOMBEIROS (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO)